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Escola, futsal, amigos e o moicano: a trajetória de Neymar até o Santos

'EE' mostra o colégio e conversa com pessoas que ajudaram o craque a se tornar o mais jovem brasileiro indicado ao prêmio de melhor jogador do mundo

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP








Aos 11 anos, Neymar ainda não brilhava, mas chamava a atenção na Portuguesa Santista. Aos 12, era o craque do time de futsal da escola. Em 2011, aos 19, se tornou o brasileiro mais jovem a ser indicado pela Fifa ao prêmio de melhor jogador do mundo. O atacante do Santos está em uma lista que contém 23 nomes, entre eles o de craques como o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo. E de todos eles, apenas Neymar não atua na Europa.
Mas antes de brilhar no Santos e chegar à Seleção Brasileira, o menino de Mogi das Cruzes-SP contou com a ajuda de muita gente para alcançar o sucesso. Ainda na Portuguesa Santista, Fino, o técnico da época, conseguiu uma bolsa de estudos em um colégio particular. O Tio Gil, diretor da escola, relembra como tudo aconteceu:
- O Fino trouxe ele e disse: "Gil, pra gente trazer ele tem que dar uma ajuda grande, porque ele e a família precisam". Aí eu disse: "Vamos ajudar, se ele é bom, vamos ajudar". Eu trouxe também a irmã, que estudou junto com ele. Já que eu estava dando bolsa pra ele, também precisava ajudar os dois para que eles viessem juntos para Santos - disse Hermenegildo Miranda, o Tio Gil.
Os primeiros sinais do futuro: "Neymar é candidato a ídolo"
Frame - Neymar escola EE (Foto: Reprodução )Manchete de jornal destaca desempenho de Neymar
no torneio de futsal da escola (Foto: Reprodução )
Foi no futsal do colégio que Neymar marcou seus primeiros gols que ganharam destaque. Craque do time da escola em 2004, foi vice-campeão do torneio escolar promovido pela TV Tribuna, afiliada da Rede Globo na Baixada Santista. Apesar de não ter ficado satisfeito com o segundo lugar, foi destaque nos jornais e ganhou até manchete: "Neymar é candidato a ídolo".
Na quadra, Neymar encontrou Dudu, amigo e companheiro de time que mais vezes atuou ao lado dele. Pode-se dizer que Dudu foi o Paulo Henrique Ganso de Neymar desde a infância. E você acredita que o amigo foi melhor que o Neymar... na Matemática.
- Comecei com o Neymar no Tumiaru quando tinha 5 anos. Fomos fazer um teste, a gente se encontrou, acabou caindo no mesmo time e dos 5 até os 15 anos jogamos juntos. Na escola, o Neymar era um poquinho pior que eu na matemática, mas nas outras matérias ele igualava. Pelo menos na matemática eu era melhor - brincou Dudu.
Problema com a matemática ficou no passado
Se Neymar driblava todo mundo no futebol, ele não tinha tanta facilidade assim quando precisava passar pela dona Vilma, a professora de Matemática. Ela conta que o santista era um aluno mediano, mas não era bagunceiro.
Frame - Neymar escola EE (Foto: Reprodução )Neymar levanta troféu de campeão na escola, após
amargar o vice um ano antes (Foto: Reprodução )
Atualmente, Neymar parece não ter mais problemas com os números e  cifras. Com apenas 19 anos é um dos atletas mais bem pagos do país e é imbatível nas estatísticas: 62 jogos na temporada entre Santos e Seleção (jogador que mais atuou) e 32 gols marcados. Resultado, ganhou praticamente tudo que disputou em 2011: Paulistão, Libertadores e Sul-Americano Sub-20.
- O que a gente sempre percebia no Neymar era que ele gostava de jogar futebol. Um aluno muito companheiro, sempre se dando muito bem com os amigos. Em relação ao corpo docente, nunca nos deu problemas maiores de disciplina, era uma criança comum - relatou Maria Antônia Rafacco, coordenadora da escola.
Quem teve que encarar um problemão foi Mateus, professor de Educação Física. Em 2005, Neymar estudava de manhã e treinava à tarde no Santos. Com isso, dificilmente ele ia aos treinos da escola e os companheiros do colégio ficavam indignados. O professor resolveu o problema rapidinho, como conta:
- Ele não treinava porque tinha treino no Santos de futsal e futebol de campo. Então, os meninos da equipe queriam saber por que ele não treinava, e a gente justificou que ele tinha os treinos no Peixe e não podia treinar aqui. Uma vez pedimos pra ele vir, faltar lá e vir aqui. Ele veio, participou do treino, arrebentou, fez gol, deu chapéu, deu caneta. Aí o pessoal ficou satisfeito, os meninos entenderam porque ele não vinha treinar.
Depois de amargar o vice no ano anterior, o time de Neymar foi campeão escolar no ano seguinte e mais uma vez ele foi o destaque. Aos 13 anos, fora de campo, já dava autógrafos e ganhava a atenção das meninas. Dentro dele, resolvia.
- Era um cara diferenciado. Com certeza, quando apertava era só dar no pé dele que ele resolvia, como faz até hoje - disse Ricardo Nascimento, que jogou com Neymar nas categorias de base do Santos.
O tempo passa e as coisas mudam: o moicano
O contato com os amigos de infância ficou cada vez mais distante, mas Dudu sabe que a rotina profissional do craque não é fácil e espera encontrar o "irmão" brevemente para dar um abraço. Hoje, além de jogador de futebol, Neymar é uma celebridade. São jogos, treinos, compromissos com patrocinadores, festas... Fica difícil ter tempo, mas um amigo ele faz questão de encontrar: Cosme, o "artista" que colocou o moicano no cabelo de Neymar quando ele tinha 15 anos.
- Foi durante um jogo dele no juvenil. Ele tinha cabelo enrolado na época. Eu falei: "Vamos mudar, um cabelo diferente? Moicano, vamos?". Ai ele fez o moicano. Foi até meio polêmico, porque o pai dele não sabia - contou o cabeleireiro do craque.
MONTAGEM Neymar santos moicano pente  (Foto: Fábio Maradei / Santos FC)Neymar prepara o seu moicano para entrar em campo pelo Santos (Foto: Fábio Maradei / Santos FC)
Cosme já fez o moicano em Neymar diversas vezes, mas cortou sua "arte" quando não devia e levou uma bronca do menino. Tanto que o menino foi para o profissional do Peixe e fez o primeiro gol sem estar com o moicano na cabeça.
Assim como Neymar, o moicano cresceu novamente. O garoto magrinho e abusado das quadras de futsal virou ídolo e agora leva multidões aos estádios. São torcedores que querem ver o Menino da Vila driblar, e torcedoras histéricas que já ganharam até o apelido de "Neymarzetes". O atacante do Santos e da Seleção é um dos principais jogadores do país do futebol e já assinala como um dos melhores do mundo.

Fonte:
http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/2011/11/escola-futsal-amigos-e-o-moicano-trajetoria-de-neymar-ate-o-santos.html


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Sub-7 do Flu levanta questão sobre o limite de pequenos atletas no futebol

Crianças de até sete anos recebem preparação na base do Tricolor carioca e enfrentam pressão de treinadores e dos pais por rendimento

Por SporTV.com Rio de Janeiro
VÍDEO: http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2011/08/sub-7-do-flu-levanta-questao-sobre-o-limite-de-pequenos-atletas-no-futebol.html  

Uma categoria de base do Fluminense tem levantado discussão sobre a forma como treinadores e pais devem encarar a formação de crianças no futebol. O clube carioca, que conta com uma equipe de jogadores de até sete anos, faz a preparação dos pequenos talentos de forma quase profissional e conta com o apoio de familiares para incentivá-los na busca por vitórias. Em vista das cobranças, psicólogos alertam para riscos do excesso de responsabilidade depositada em jovens atletas (assista ao vídeo).
- O importante é incentivar sempre, sem muita cobrança, deixar eles jogarem com muita alegria – afirma Leandro Macial, técnico da equipe sub-7 do Tricolor carioca.
A comissão técnica da equipe, que possui treinador, auxiliar técnico e preparador de goleiros, garante que os limites individuais das crianças são respeitados. Mas há sinais de que a cobrança existe. No intervalo da partida entre Fluminense e Ceará, pela 13ª rodada do Brasileirão 2011, no Engenhão, os pequenos jogadores da equipe deram volta olímpica no estádio para comemorar o primeiro título da categoria.
- Eu acho que é igual ao profissional porque é muito puxado e muito difícil de fazer – afirma o goleiro Cailan Rodrigues, sete anos.
Comissão técnica sub-7 Fluminense (Foto: Reprodução SporTV)Comissão técnica so sub-7 lembra equipe do
profissional (Foto: Reprodução SporTV)
A preparação de goleiros é uma das atividades encaradas de forma profissional pela comissão do sub-7 tricolor. O preparador Lucas Almeida conta que o trabalho precoce favorece o futuro do atleta.
- Não tem como formar o goleiro agora, mas tem como fazer os fundamentos básicos para eles ficarem bons, para no futuro eles não terem tantas dificuldades.
Os meninos do sub-7 são selecionados através de peneira. Os treinos ocorrem três vezes por semana em uma quadra de futsal. Para o supervisor técnico Edílson Júnior, a equipe projeta jogadores para as categorias superiores.
- Nosso trabalho aqui é bem lúdico, bem cognitivo, motor, sempre trabalhando esses aspectos. Preparamos eles para que daqui a dois, três anos, eles possam integrar nossas categorias de base em Xerém – diz.

OPINE: Qual a idade ideal para que crianças sejam cobradas no futebol?

No entanto, Júnior admite a pressão por parte da família sobre as crianças.
- Se eu eu falar que não tem, tem um pouquinho. Os pais estão sempre cobrando um pouco o desempenho, a performance.
Tauan do sub-7 do Fluminense (Foto: Reprodução SporTV)Tauan sonha se tornar jogador profissional
(Foto: Reprodução SporTV)
O apoio das famílias, principalmente dos pais, é outro fator que incentiva a formação de categorias de base tão jovens. Ronaldo Santos, pai de Tauan, afirma que transferiu ao filho o sonho de sua própria juventude. Para isso, conta com o apoio do avô Alberdan.
- Eu estou fazendo por ele o que meu pai não fez por mim. Eu também tinha um dom, mas não fui feliz, não tive incentivo – afirma o pai.
- Viu o Romário falando, esse é o cara? É igual ao Tauan, ele é o cara. Futuro está aí. Quem sabe daqui a uns anos nós estamos na arquibancada gritando o nome dele. Tudo vale a pena, vamos ver até onde ele vai chegar – declara o avô.
Apesar da aparente descontração nas atividades do grupo sub-7 e do apoio dos pais, há quem alerte para as consequências da cobrança excessiva sobre as crianças. A psicopedagoga Andreia Calçada defende outros benefícios além da vitória no esporte e ressalta que transferir aos meninos responsabilidade que não é deles resulta em dar um “tiro no pé”.
- A questão é usar a competição nessa faixa etária para ensinar a lidar com o erro, aprender a lidar com as próprias falhas, que a gente pode aprimorar algumas coisas e outras não. Na verdade, prepara a gente para a vida – afirma.
- Crianças de seis, sete anos não estão tão ligadas em vencer o outro. Ela quer é brincar, deu, deu, não deu, não deu. Se tirar segundo, terceiro lugar tem que falar que foi muito bem – emenda a especialista.

Fonte: http://sportv.globo.com/site/
Colaboração: http://gh8futsal.blogspot.com/ (blog do Futsal Pernambucano)


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Os textos apresentados abaixo são de diversos autores, com suas respectivas referências e tem como principal objetivo a informação para reflexão, especificamente para Professores, Pais e Atletas.

Dica: clique na imagem para ampliar a tela de visualização.


Texto extraído do site: www.pedagogiadofutsal.com.br




Texto extraído do site: www.pedagogiadofutsal.com.br


Texto extraído do site: http://www.pedagogiadofutsal.com.br/diario_online.aspx

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